28/06/2017
O governador Hartung incomodado com as denúncias frequentes das associações e sindicatos, o que têm retirado futuros votos, mirou seu canhão vingativo contra essas entidades no intuito de enfraquecê-las e promover um desmonte junto à categoria.
Sabe-se que essa mudança de estratégia é uma clara conclusão do Governo do Estado que não seria possível o desmonte dos sindicatos combativos, tais como os agregados na base do Fórum das Entidades dos Servidores Públicos Estaduais – Fespes. Assim, colocou em ação o plano de desestruturar as associações dos servidores.
O primeiro ato contra as associações se deu no último dia 21 de junho, ao publicar no Diário Oficial do Estado o Decreto 987-S que exclui a possibilidade de liberação dos diretores das associações dos Policiais e Bombeiros Militares. Sabe-se que essa ação é uma continuidade as retaliações que se iniciaram após o movimento de greve da Polícia Militar.
Menos de uma semana após a publicação da perseguição às associações militares, no dia 26 foi a vez da direção do IEMA enviar para a Coordenação-geral da Assiema – Associação dos Servidores do IEMA comunicado dispondo sobre a proibição de realização de assembleias de servidores vinculados à Associação no horário de expediente. A direção deu por conta própria interpretação restritiva ao direito de liberdade de associação, infringindo assim dispositivos legais e contrários até mesmo aos dispostos nos tratados assinados pelo Brasil na Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Da mesma forma, o diretor presidente do Incaper, Marcelo Suzart, encaminhou à Associação dos servidores do Incaper (Assin) um ofício determinando a saída da entidade de uma sala que ocupa no anexo da autarquia no prazo máximo de 30 dias, passando por cima de um contrato entre o Incaper e a ASSIN e toda trajetória da associação que há 32 anos está localizada na autarquia prestando diversos serviços aos servidores.
Essas ações não devem ser vistas de forma isolada, só mostra o desespero e a incapacidade de diálogo do governador Hartung e seus interlocutores. O Sindipúblicos não aceitará essas atitudes totalmente antissindicais, e em conjunto com as associações irá encaminhar denúncia e ações para garantir o direito à liberdade de associação e organização sindical. (Fonte: www.sindipublicos.com.br)