“Estamos preocupados com notícias sobre cortes orçamentários nos programas da agricultura familiar, tendo em vista que as ações de Ater já estão prejudicadas em muitos estados, como Pernambuco, Espírito Santo, Piauí, Bahia, Alagoas, entre outros, e se houver mais cortes, a agricultura familiar será extremamente atingida”, disse Carlos Carvalho, coordenador-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores da Assistência Técnica, Extensão Rural e do Setor Público Agrícola do Brasil (Faser). Em agosto último, a Federação realizou reunião ordinária quando ouviu os relatos desanimadores dos membros dos Estados: baixos salários e condições indignas de trabalho impossibilitam ações de Ater de qualidade no País.
“Hoje mantivemos contatos com as organizações dos agricultores familiares em especial com a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) e Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf) e com as frentes parlamentares de Ater com objetivo de traçar estratégias no sentido de ampliar o debate no congresso visando reverter a proposta dos cortes previstos”, informou o coordenador-geral da Faser.
Quarta-feira (13), em Brasília, também houve reunião com a Frente Parlamentar da Agricultura Familiar (FPAF), para discutir os cortes previstos pelo governo no Orçamento 2018 de programas destinados aos pequenos produtores, quando os parlamentares informaram que tentarão alterar a Lei Orçamentária Anual (LOA) para garantir, pelo menos, a manutenção dos recursos aplicados no ano passado.
O presidente da Frente, o deputado Heitor Schuch (PSB/RS) destacou que o projeto está na Comissão Mista de Orçamento e o período de apresentação de emendas vai de 1 a 20 de outubro. “Tão logo nossas propostas estejam prontas vamos no reunir com o relator do Orçamento para reforçar a importância de, no mínimo, garantir a reposição dos valores, a fim de que programas importantes para o desenvolvimento rural não acabem”, disse Schuch.(Cecília Gonçalves)
