O triunfo das nulidades e da injustiça desanima a virtude e vontade de ser honesto

SUNDERHUS; Adolfo Brás

Palavras do poeta e escritor Riu Barbosa se tornam realidade no Século XXI. “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."

Revivemos em 31 de agosto de 2016 o ato vergonhoso de 31 de março de 1964, quando 61 senadores da república do Brasil rasgam a constituição desrespeitando o direito legitimo da maior manifestação democrática no exercício legitimo do povo: a eleição pelo voto direto da Presidência da República.

Retrata-se ainda para além do fato consumado, do vergonhoso desrespeito ao direito dos cidadãos outro que salta aos olhos e se manifesta pela sanha machista da direita conservadora que não aceita a mulher ocupando, pela vontade legitima de mais de 51 milhões de voto do povo, um cargo que no julgamento deles, “homens”, somente a eles e dado este direito.

Esta senhora, e o trabalhador que lhe antecedeu, promoveu uma verdadeira revolução social produtiva e econômica no país, pelo seu respeito aos desrespeitados desde 64 pela ditadura militar e por sucessivos governos e forças políticas arcaicas atrasadas e descomprometidas com o desenvolvimento sustentável, que no gesto de 31 de agosto de 2016 retomam, com toda sua arrogância e vaidade, o poder, revivendo ato semelhante ao de 64.

 No entanto não conseguiram nunca apagar o respeito internacional as políticas de combate à fome e a miséria, a acertada decisão deste 2003 pela opção política de fortalecer a agricultura familiar e camponesa, as políticas de fortalecimento da produção de alimentos na unidade familiar para o abastecimento interno local e regional, a retomada da ação extensionista com foco nas pessoas e na produção de alimentos livre de venenos, o fortalecimento e ampliação dos processos de comercialização através da política do PRONAF  do PAA e do PNAE e a abertura de mercados institucionais.

Enche-nos de orgulho a mulher e o trabalhador do ABC paulista que respeitando o feminino trouxe a mulher para ser a protagonista direta na construção e implantação de políticas públicas, no rural e na cidade, que permitiram à inclusão de gênero e geração a nova historia do país, e que não será vencida, pois não é o governo ou o governante de plantão quem fez a história, e sim a sociedade em suas diferentes formas de organização social.

Resistir e preciso. Mas não resistir por resistir. Estarei nas ruas, nas escolas, no rural, onde puder. Mas não numa luta cega, mas buscando restabelecer um processo de ordem e dialogo com duas categorias que hoje comemoram: aquelas que vão retirar os direitos dos trabalhadores e aqueles que terão os seus direitos retirados. Não podemos deixar a elite burguesa dizer, como já o estão, que o povo sem política e a obra mais perfeita do capitalismo, pois somos sim obras perfeitas de um Criador que quer que sejamos felizes e nossa felicidade passa também pela nossa ação e por nossa vontade de lutarmos contra as injustiças. Ele nos deu este exemplo e somos sua obra semelhança, dai toda nossa força.

Vou levar uma única reflexão a partir de hoje: contra toda e qualquer forma de violência. Lutar contra as forças do mal que querem derrotar a democracia, o direito e as conquistas sociais. Vencer a burguesia oligárquica e autoritária vencendo o medo e a derrota que tenta nos impor.

A luta não terminou. Apenas se reinicia. Como sempre estabeleceremos novas formas e novos arranjos sociais de resistência, pois não desistiremos da democracia conquistada.

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